
Cola tua boca na minha
E sorve o meu ar
Cala minhas palavras
desenrola a minha língua
pra não me deixar falar
Corta meus apelos
Não me deixa te explicar
Assume o comando
num ataque faminto
faz meu queixo estalar
Morde meus lábios
Ensaia me devorar
Pega firme em mim
aniquila meus temores
enquanto me faz salivar
Esquenta meu corpo
Me leva a suar
Faz as gotas brotarem
dos nossos corpos em ânsia
em febre a delirar
Abre de uma vez
Deixa eu entrar
E misturados de fato
em pulsares frenéticos
esperemos o desabar
Até o jorrar...
Até o arfar...
Até abundar...
E o recomeçar...
Cola tua boca na minha
E sorve o meu ar.