sábado, 12 de setembro de 2009

Cola tua boca na minha e sorve o meu ar




Cola tua boca na minha

E sorve o meu ar


Cala minhas palavras

desenrola a minha língua

pra não me deixar falar


Corta meus apelos

Não me deixa te explicar


Assume o comando

num ataque faminto

faz meu queixo estalar


Morde meus lábios

Ensaia me devorar


Pega firme em mim

aniquila meus temores

enquanto me faz salivar


Esquenta meu corpo

Me leva a suar


Faz as gotas brotarem

dos nossos corpos em ânsia

em febre a delirar


Abre de uma vez

Deixa eu entrar


E misturados de fato

em pulsares frenéticos

esperemos o desabar


Até o jorrar...

Até o arfar...

Até abundar...


E o recomeçar...


Cola tua boca na minha

E sorve o meu ar.