“There some things in this life won´t be denied
Won´t be denied”
Pois é.
Muitas vezes as melhores citações vem de onde menos se espera.
Assim como as mais preciosas pérolas, as mais belas flores, os maiores amores.
Esta citação acima é de “Swear It Again”, canção do repertório da banda irlandesa Westlife.
Vi o vídeo algumas vezes no hoje extinto Disk MTV.
Canção bonitinha, simples e condizente com as canções bonitinhas, simples e condizentes com as pretensões de bandas como Westlife.
Mas estes versos ficaram na minha cabeça.
São sábios.
Desde que me lembro por gente, sempre gostei de uma caneta e papel na mão.
Já lia revistinhas desde muito cedo.
E antes dos dez, já lia o jornal todo, todos os suplementos.
E as revistas de adultos.
E um pouco depois, comecei a escrever.
Rascunhos, tímidos e desordenados, como faz uma criança, como faz um adolescente, como faz um iniciante.
Com o tempo, comecei a perceber que isso poderia render de fato e que se me dedicasse, poderia ser bom.
Aí...
Atalhos.
Mudanças.
Turbulências.
Tempo.
Não segui oficialmente nem academicamente a área.
Tolice plena.
Não que seja fundamental.
Mas ajudaria muito mais o processo todo.
E com o tempo, permaneceu.
É uma das coisas mais estáveis, leitura e escrita.
Sou um homem de coisas perenes, “que persistem, que perduram...”
Com o admirável mundo novo da Internet, isso se transformou, se reconfigurou, se potencializou.
Sempre fui muito perfeccionista.
Isso pode ser salutar, mas também paralisador.
Contudo, é uma necessidade, que por muitos fatores foi relegada a segundo plano, tratada com muito menos nobreza do que merece.
Há um mês um fato muito surpreendente, inesperado, inédito, raro, intenso e verdadeiro, inquestionavelmente verdadeiro, ocorreu.
Surgiu, quando menos esperava, quando nem desejava, quando não poderia imaginar.
E me trouxe de volta inspiração.
E me fez voltar a escrever, num hiato que – pasmo – percebo durou quase dois anos.
Este fato causou uma necessária pausa.
Uma pausa para reflexão, dessa vez para mim.
E muito mais, uma longa jornada Flapp adentro.
Profunda, difícil, muito além do fato surpreendente, inesperado, inédito, raro, intenso e verdadeiro, inquestionavelmente verdadeiro e seus desdobramentos ainda inconclusos.
Mas o processo é irreversível.
E fico feliz!
Pois muitas pessoas levam a vida inteira sem nem saber o que é isso.
Como é importante, como diria Mestre Camelo, ir além do que se vê.
“Há algumas coisas nessa vida que não serão negadas
Não serão negadas”
Isso aqui ficará cada vez mais confessional.
Muito.
E um retorno sincero de todos que passarem por aqui é mais que importante; é fundamental.
Pois que é mais que um meio de arte, um laboratório de idéias, um exercício literário.
É vida vivida!